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PAUL RAND E A ESCOLA DE NOVA YORK
Inspirando-se em artistas modernistas como Paul Klee e Wassily Kandinsky, e em Cubistas, Dadaístas e Suprematistas, Paul Rand criou um novo padrão para as capas de revistas, rompendo com os tradicionais designers. Ele foi um importante ator na criação de logo para importantes instituições como a International Business Machines Corporation (IBM). As duas seguintes fotos retratam o trabalho para tal empresa realizado por Rand. Na primeira, utilizou-se da representação de palavras com imagens e da homofonia, ou seja, sonoridade igual de palavras com significado distinto existente entre os dois pares: "eye" e "I", "bee" e a letra "B". Já na elaboração da logomarca, Paul atentou-se para o uso de um padrão gráfico com transparência e monocromia.
Eye Bee M (1956) |
Logomarca International Business Machines Corporation |
Paul Rand utilizou a ilustração, a colagem e a tipografia de uma forma até então nunca experimentada nos Estados Unidos nas capas para a revista Direction. Nela, Rand conseguiu exprimir as suas preocupações políticas e chamou a atenção para o alastrar da guerra global.
A imagem abaixo é uma das capas da revista mencionada feitas por Paul em que ele utilizou a imagem de um típico presente de Natal para retratar o tema da Segunda Guerra Mundial concomitante às suas produções artísticas. uma fita de embrulho de presente típica foi substituída por arame farpado, fazendo um trocadilho visual com o que estava acontecendo durante os anos 1940 e como a guerra tinha atormentado a sociedade natural. Rand tirou uma fotografia do arame farpado usando uma luz concentrada em um fundo branco em vez de apenas usar uma imagem ou desenho já existente. Isso não apenas criou uma sombra mais dramática adequada para o tema da capa, mas também fez a imagem parecer mais real como se fosse um presente verdadeiro, capturando instantaneamente a atenção do espectador.
O artista conseguiu capturar perfeitamente a opressão daqueles tempos usando símbolos como o arame farpado e círculos vermelhos perfurados para simbolizar respingos de sangue de uma forma que era nova e diferente naquela época
Para divulgar um show, era preciso muito esforço. Os pôsteres eram uma forma de chamar a atenção do público. Nos anos 60, os designs começaram a se tornar cheio de cores e vida, e, graças a Wes Wilson, o mundo dos pôsteres e divulgação nunca mais foi o mesmo.
O artista ajudou a definir o estilo visual radical da era do rock psicodélico no final da década de 1960. Inspirado em grande parte pelos mestres da Art Nouveau e pelo estilo de letras secessionista vienense desenvolvido por Alfred Roller, Wilson desenvolveu sua própria linguagem visual, combinando cores brilhantes e formas ondulantes com letras que pareciam capturadas no meio do turbilhão.
Na imagens a seguir, é perceptível o trabalho intenso da combinação de cores complementares como roxo e verde, azul e vermelho; da mistura de cores primárias com secundárias como vermelho e verde e de cores primárias com primárias como vermelho e azul. Além disso, Wes Wilson se relacionou fortemente com a tipografia, utilizando fontes com movimentos curvos, com estrutura robusta e extremidades arredondadas. Os cartazes do artista tinham uma elaboração minuciosa para que a parte textual conversasse com e formassem imagens intencionalmente.
Referências bibliográficas:
LANG, Nina. ‘Merry Christmas’ Direction, Paul Rand, 1938- 19. Medium, 2017. Disponível em: <https://medium.com/fgd1-the-archive/merry-christmas-direction-paul-rand-1938-19-7905ff336f97>. Acesso em: 11 de jul. de 2021.Paul Rand (1914 - 1996). Tipógrafos.net, 2011. Disponível em: <http://tipografos.net/design/rand.htm>. Acesso em: 11 de jul. de 2021.
REIS, Carolina. Wes Wilson: pai dos pôsteres psicodélicos. Música Pavê, 2015. Disponível em: <https://musicapave.com/artes-visuais/wes-wilson-pai-dos-posteres-psicodelicos/>. Acesso em: 11 de jul. de 2021.
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